sábado, 17 de outubro de 2009

Diana Krall

Share Ora que bela maneira de passar a noite de 10 de Outubro de 2009.
Não, nao fiquei em casa a ver os canais portugueses degladiarem-se com as previsões e sondagens e, por fim, numa corrida para serem os primeiros a apresentar os resultados eleitorais, às 20h00 em ponto.
Sim, a azáfama dessas noites costuma ser tanta que os jornalistas de serviço têm direito a um fim de semana prolongado num SPA à escolha....coitados.

Peguei numa roupita informal e lá fui eu ver Diana Krall ao Pavilhão Rosa Mota.

La Dame apareceu magnífica....vestidinho preto (pelo joelho, como boa senhora de família que é) e um cabelo loirinho cacheado. Um "must". Fiquei terrivelmente surpreendida pela simpatia e simplicidade de uma das melhores vozes de jazz que ouvi nos últimos tempos.... Nem entrou sozinha em palco para receber os holofotes acompanhados das palmas de um pavilhão a rebentar pelas costuras, ávido de boa música. Com um simples "ladies and gentlemen, please wellcome Ms. Diana Krall", apareceu a bela Diana, ao mesmo tempo que os seus músicos.
E achei muito bem, e com um certo sentido, esta entrada. Ora quem vinha com a Dianinha não era menos importante que ela: Anthony Wilson (guitarra), Ben Wolf (contrabaixo) e Karriem Riggins (bateria), tudo gente com carreiras próprias e mais do que respeitáveis. Bom, talvez não tão magnéticos como ela...é certo, mas que faziam brilharetes magníficos, de cada vez que havia um solo.... Então o contrabaixista era qualquer coisa diga de invetigação....um máximo, que me tirou as palavras por várias vezes.
O concerto começou com o "Love beeing here with you" ainda a apontar para o album "Live in Paris" com a mesma entrada. Mas como a noite era de "Quiet Nights" Diana Krall derreteu o recinto com "So Nice","Esse Seu Olhar", "The Boy From Ipanema" e, claro, "Quiet Nights". O magnífico "I've Grown Accustomed to His FAce" fez o meu amigo João desejar um dueto entre ela e a nossa Maria João (sem o Laginha, que a Diana Krall daria conta do recado no piano, of course).




Entre 13 músicas ficou-se a saber que a bela loira gosta de ficar por casa a servir vinho aos convidados (diz ela que chega a ficar com dores nos braços de abrir as garrafas), que Ipanema é assim como Vancouver (ela também alertou que tem uma imaginação muito fértil!), que o Elvis Costello andava pela Tansmânia nessa noite, e que os gémeos tinham ficado no hotel a beber Porto, a fumar charutos e a jogar às cartas (de notar que os rebentos tem apenas 3 anos).
Como tal, um doce de pessoa, que falava para o público naquela voz de veludo só dela.
Pelo meio lá ia dizendo que adorava o Porto, e que tinha muita pena de não vir com mais tempo...enfim aquela graxinha que os músicos fazem sempre mas que a nós nos cai sempre bem, embora saibamos que o discurso é o mesmo aqui no Porto, como em Kuala Lumpur...
Resumindo, uma noite muito boa, a repetir, esperemos nós para breve, que aqui em cima é raro virem artistas deste gabarito.
Só fiquei com vontade de se poder fumar e beber um tinto ao som do concerto....que falta me fazem as típicas casas de jazz aqui no Porto....

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